Atuação da Defensoria Pública é reconhecida pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura

O agradecimento foi publicado no relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura, após missão em 2020.

Por Rafael Guerra
15 Abr de 2021, 3 anos atrás
Atuação da Defensoria Pública é reconhecida pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura

A Defensoria Pública foi citada no relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura (MNPCT) como uma das instituições que somaram na missão ocorrida no Amapá, em setembro de 2020. O relatório foi divulgado esta semana.

O agradecimento foi nominal às defensoras e defensores públicos do Amapá, Alexandre Koch, Larissa Jobim, Renata Visco e Lívia Azevedo, que participaram como convidados especialistas da missão que, além de acompanharem nas visitas de inspeção, subsidiaram o MNPCT com informações, dados e documentos.

Foram visitadas as Instituições de Longa Permanência para Idosos, Casa Padre Luigi Brusadelli e Lar São José; o Núcleo de Medida Socioeducativa de Internação Masculina (Cesein) e Núcleo de Medida Socioeducativa de Internação Feminina (Cifem); e o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

O relatório apontou algumas irregularidades e traz recomendações importantes ao Executivo Estadual, ao Judiciário e ao Ministério Público.

“A partir desse relatório, é importante que cada órgão assuma sua responsabilidade e cumpra as recomendações, para que o combate a tortura seja uma política interinstitucional com fiscalização mútua”, explicou o defensor público, Alexandre Koch.


DPE-AP no combate a tortura

Segundo Koch, a Defensoria Pública é o órgão que tem encabeçado a luta de apuração e combate a tortura. Uma das frentes de atuação acontece nas audiências de custódia, quando o defensor público tem a oportunidade de entrevistar o preso. Fiscalizações no sistema socioeducativo e no Iapen também têm ocorrido com frequência.

"Por muito tempo a tortura e violência policial foram tratadas como casos isolados. O relatório mostrou que a tortura tem sido um problema estrutural e nós, defensores públicos, temos trabalhado para mudar essa mentalidade”, finalizou.