Assistido pela DPE-AP, homem tem contato com a família após 27 anos

Claudinei, 44, vive em situação de rua e não tem família no Amapá.

Por Jeanne Maciel
03 Jun de 2022, 2 anos atrás
Assistido pela DPE-AP, homem tem contato com a família após 27 anos

 

Em 1995, Claudinei Viana, 44, saiu de Teresina (PI) para um caminho de incertezas e desencontros. Desde o último adeus, ele não havia entrado em contato com sua mãe. Na manhã da última quinta-feira, 2, a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) conseguiu fazer a ponte entre os dois em um encontro virtual carregado de sentimento.   

Durante a videochamada, o assistido se emocionou e mal conseguiu expressar o que estava sentindo. “Estou feliz de ter visto ela”, relatou para os assistentes sociais presentes.   

Claudinei veio para o Amapá em 2009 para trabalhar no garimpo. Há 8 anos vive em situação de rua em Macapá e não tem família no estado. Conforme explicado pela defensora pública Mariana Santos, o assistido foi encaminhado para instituição pela Justiça Estadual, pois não possuía sequer documentos.   

Na Defensoria Pública ele foi atendido pelos núcleos de Execução Penal e Cível, onde conseguiu a segunda via da Certidão de Nascimento.   

“Conseguimos rastrear e achar a família dele, que vive no Piauí. Ele estava sozinho aqui há muitos anos e pedimos que ele retornasse até a Defensoria Pública para possibilitar esse encontro", disse Mariana.   

“Eu liguei para a mãe dele e ela pensava que ele não estava mais vivo”, explicou Marcela Fardim.  

Com as informações em mãos e tudo certo para realizar o encontro, a Coordenadoria de Atendimento foi acionada para fazer a busca ativa de Claudinei.   

“Encontramos ele na praça e trouxemos até a sede da Defensoria Pública. Na ocasião, já entregamos uma cópia da certidão para que ele não ande sem documentos e fizemos uma chamada de vídeo com a família”, contou a assistente social Ingrid Valéria.   

“A mãe ficou muito emocionada quando soube que ele estava vivo”, relatou a assistente social. 

Angelica Viana, 68, é a mãe do assistido. Ela conta que em todos esses anos, teve poucas notícias do filho. “A última foi que ele havia morrido, mas também já me falaram que ele era casado e tinha dois filhos”, lembra. 

Agora, com o coração não menos apertado, mas feliz por ter visto Claudinei, ela alimenta uma esperança. “A família toda se emocionou, meu desejo é que ele volte para cá", disse.