Audiências concentradas: Defensoria Pública atua para regularização de 45 vagas escolares

Audiências aconteceram no Fórum de Macapá.

Por Ingra Tadaiesky
07 Mar de 2024, 2 meses atrás
Audiências concentradas: Defensoria Pública atua para regularização de 45 vagas escolares

 

A manhã desta quarta-feira, 6, marcou o início das audiências concentradas entre a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) e representantes da Prefeitura de Macapá e Governo do Amapá, com o objetivo de regularizar a situação das crianças que não conseguiram matrícula na rede pública e, por isso, estão sem escola. As audiências ocorreram no Fórum de Macapá.


Até o dia 7 deste mês as audiências serão com a Secretaria Municipal de Educação de Macapá e, posteriormente, será definida uma data ainda em março para atender os estudantes da rede estadual. Ao todo, 45 crianças serão beneficiadas, sendo 31 de escolas municipais e 14 de estaduais.


Segundo a defensora pública do Núcleo da Criança e do Adolescente, Camila Batista, houve uma alta demanda de pais que procuraram a DPE-AP por não conseguirem realizar a matrícula de seus filhos durante o período determinado pelas secretarias de educação do estado e município.


“Estamos atuando desde dezembro de 2023 de forma extrajudicial para garantir que todos os estudantes tenham sua vaga garantida, mas todas as tratativas administrativas foram esgotadas e não obtivemos sucesso. Agora estamos ajuizando ações de obrigação de fazer em face do estado, um tipo de ação judicial que visa obrigar o estado e o município a efetivarem as matrículas devidas, garantindo o direito à educação de crianças e adolescentes”, explicou Camila.


Segundo a defensora, as famílias sabem que têm o direito mas não possuem os meios para garantir, então a Defensoria Pública consegue fazer essa intermediação, inicialmente extrajudicial, para tentar garantir esse direito junto ao estado e ao município de forma administrativa. Quando esse direito não é garantido, a ação judicial é o meio para essa efetivação. 


Após o primeiro dia de audiências, foi determinado um prazo de 20 dias para que os 31 estudantes da rede municipal sejam devidamente matriculados nas escolas mais próximas de suas residências, ou, caso a matrícula seja feita em escolas mais distantes, seja garantido o transporte escolar. Caso contrário, será cobrada uma multa por cada dia que a criança não estiver na escola.


Michele Furtado é mãe do pequeno Rickelmy, de 4 anos, e foi uma das assistidas que tiveram a esperança restabelecida.


“Hoje saio daqui mais feliz por ter uma resposta boa e uma noção de quando o meu filho vai poder começar a estudar. Isso vai me ajudar bastante e saber que posso contar com a Defensoria é algo muito bom”, finalizou a mãe.