Celebração do Orgulho LGBTQIAPN+ inicia com hasteamento da Bandeira da Diversidade, na Defensoria Pública

Ato realizado na sede da Defensoria marcou o início da programação em alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+.

Por Caroline Mesquita
27 Jun de 2024, 5 dias atrás
Celebração do Orgulho LGBTQIAPN+ inicia com hasteamento da Bandeira da Diversidade, na Defensoria Pública

 

A cerimônia de hasteamento da Bandeira da Diversidade, na manhã desta quinta-feira, 27, na sede administrativa da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP), marcou o início das comemorações do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado dia 28 de junho.

O ritual de hasteamento foi acompanhado pela Banda Musical da Guarda Civil de Macapá, que entoou o hino do Amapá. A solenidade contou com a presença de autoridades estaduais e municipais, e da sociedade civil.

Para a subdefensora pública-geral, Adegmar Loiola, a simbologia do hasteamento da Bandeira da Diversidade na sede da Defensoria Pública mostra que a instituição está de portas abertas, tanto para proteger, quanto para celebrar a vida da população. “Se é do povo, deve ser utilizada para a celebração da população. A população LGBTQIAPN+ deve utilizar os espaços públicos com dignidade”, destacou.

Fábia Nilci, promotora de justiça do Ministério Público do Amapá, prestigiou o ato solene e frisou que é preciso mobilizar as instituições para haver políticas públicas eficientes contra a LGBTfobia. “Não basta não ser LGBTfóbica, é preciso lutar contra a LGBTfobia, mas não lutar sozinha, e sim enquanto instituição”.

Em parceria com a Prefeitura de Macapá e o Grupo Madre Tereza, a Defensoria Pública está com uma programação especial em alusão ao Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ nesta quinta-feira. Até às 21h, haverá atendimentos de saúde, atrações musicais, feira de empreendedorismo e exposição artística para o público.

Édem Jardim, coordenador municipal de Políticas da Diversidade, pontuou que a população LGBTQIAPN+ sofre muito preconceito, foi muito marginalizada e ninguém a via com respeito, dignidade e cidadania.

“Ainda há muita luta, mas já avançamos. Estamos ocupando espaços. A nossa população fica fora do mercado de trabalho por conta da sua orientação sexual, mesmo tendo um currículo maravilhoso. Nossa luta é permanente. Celebramos nossa existência”, frisou o gestor.

Tatiane Benjó, do Grupo Madre Tereza, disse que devido ao preconceito sofrido, a população LBTQIAPN+ não procura os serviços de saúde. “Prestamos um atendimento de excelência em saúde e inserirmos a população LBTQIAPN+ porque quase não se tem dados referentes a esse público, principalmente no censo. Precisamos saber onde ele está para termos um número e ofertar os serviços necessários”.