Com auxílio da DPE-AP, agricultor consegue acordo para continuar no sítio que reside há 28 anos

Paulo Ferreira, 63, se instalou em área de propriedade da Amcel em 1995.

Por Jeanne Maciel
02 Out de 2023, 8 meses atrás
Com auxílio da DPE-AP, agricultor consegue acordo para continuar no sítio que reside há 28 anos

 

Foi através da conciliação que o agricultor Paulo Ferreira, 63, conseguiu se tornar dono do sítio em que vive desde 1995. O assistido havia perdido uma Ação Civil contra a empresa Amapá Florestal e Celulose S.A (Amcel), então proprietária da área, em 2009. Após recorrer na 2ª instância, o agricultor, auxiliado pela Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP), conseguiu entrar em entendimento com a empresa por meio de um acordo de Usucapião na última sexta-feira, 29.

Há 28 anos, Paulo se instalou no pedaço de terra localizado em Porto Grande, o qual batizou de “Sítio Batalhense”. Na propriedade, o assistido mantém plantações de bananas e cria animais para sua subsistência.

Ao recorrer do processo, foi determinada a mediação de um acordo de conciliação entre as partes. Foram três audiências realizadas até o acordo ser firmado. Inicialmente, o assistido foi representado pelo defensor público Ezequias Campos e posteriormente pelo defensor público Alexandre Koch.

Segundo Koch, as partes foram protagonistas na resolução da sua própria demanda. “Neste caso, um agricultor teve reconhecido o seu direito a um pedaço de terra, produtivo e absolutamente necessário para o abastecimento para as cidades próximas. Uma solução pacífica e consensual foi efetiva não apenas às partes do processo, mas às comunidades locais como um todo”, ressaltou o defensor público.

O agricultor agradeceu o apoio prestado pela Defensoria Pública. “A presença de um defensor público foi muito importante no desenrolar do processo. Estou muito feliz com esse acordo, pois trabalho no meu sítio há 28 anos”, ressaltou Paulo Ferreira.

A Sessão de conciliação ocorreu no Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) e foi conduzida pela mediadora judicial, Nilce Ferreira do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do 2º Grau (Cejusc).