Defensoria delas: mulheres são maioria entre membros e servidores na DPE-AP

Dos 47 membros, 24 são defensoras (51,06%); dos 277 servidores, 167 são mulheres (60,28%).

Por Jeanne Maciel
08 Mar de 2023, 2 anos atrás
Defensoria delas: mulheres são maioria entre membros e servidores na DPE-AP

 

São nas oportunidades para ocupar espaços que as mulheres encontram o verdadeiro reconhecimento e o fortalecimento das pautas ainda essenciais, como a igualdade de gênero. Na Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP), são elas que têm assumido o protagonismo da instituição.

Conforme dados levantados pela DPE-AP, atualmente, dos 47 membros que compõem o quadro da instituição, 24 são defensoras públicas (51,06%); e dos 277 servidores, 167 são mulheres (60,28%).

Para a subdefensora pública-geral, Elena Rocha, essa representativade é muito importante para o desenvolvimento institucional. “Garante o reconhecimento à luta das mulheres”, aponta.

Uma das 24 defensoras públicas do Amapá, Elena ocupa a subdefensoria pública-geral desde março de 2022. Segundo ela, ter uma instituição composta por uma grande parcela feminina “repara discriminações históricas”, comenta.

“Essa representatividade reflete, para além da excelência no trabalho institucional, uma visibilidade externa para que meninas e mulheres vejam a possibilidade de ocupar espaços institucionais de destaque e vejam na instituição um local de possível colocação profissional”, expressou a subdefensora pública-geral.

Atuando atendimento diário à população de Laranjal do Jari, a defensora pública Jane Nonato diz que poder exercer a sua profissão, “simboliza o reconhecimento da luta das mulheres que vieram antes de nós”, afirmou.

“São aquelas que lutaram pelo voto feminino, das que lutaram pelo acesso das meninas e mulheres às escolas e faculdades, das que lutaram pelo acesso da mulher ao mercado de trabalho. É fruto de uma luta pela igualdade. A luta das mulheres é contínua”, disse.

No quadro de servidores administrativos, Fabíola Lemos ocupa a liderança da Gestão Orçamentária. Ela acredita que as mulheres, em geral, são multi-tarefadas, conciliando muitas vezes família e trabalho. Segundo ela, ter o apoio e investimento da instituição faz diferença no sentimento de valorização.

“A Defensoria Pública do Estado do Amapá tem um olhar especial para nós mulheres, que representamos a maioria dos servidores. Estar à frente de uma coordenação demonstra a confiança depositada pela gestão e a valorização de nós como profissionais”, expressou Fabíola.

Para a servidora Ingrid Valéria, coordenadora de cerimonial e eventos, as mulheres são destemidas quando se trata de fazer sua voz ser ouvida.

“Nós assumimos o protagonismo à frente de vários setores pela nossa competência, dedicação e habilidades. É a nossa realidade que nos torna fortes e engajadas, principalmente se for para fazer nossa voz ser ouvida”, expressou Ingrid.