Defensoria inicia atendimentos do mês de visibilidade trans em duas ações simultâneas

As ações aconteceram na Escola Ruth Bezerra e Centro de Educação Profissional do Amapá.

Por Ingra Tadaiesky
27 Jan de 2024, 11 meses atrás
Defensoria inicia atendimentos do mês de visibilidade trans em duas ações simultâneas

 


Iniciando as programações do Mês de Visibilidade Transexual e Travesti, a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) foi parceira do Governo do Estado na ação ‘Transcendendo Barreiras: construindo um Amapá mais inclusivo’, que ocorreu de forma simultânea na Escola Estadual Ruth Bezerra, Zona Norte de Macapá, e no Centro de Educação Profissional do Amapá, na Zona Sul. A DPE-AP ofertou serviços de retificação de nome e gênero na Certidão de Nascimento e sua participação marcou o início da 3ª edição do projeto “Reconhecer é Parte de Ser”.

Ter em seus documentos o nome e gênero que se identifica é uma etapa crucial para garantir o reconhecimento e respeito à identidade de pessoas trans. Além de representar um passo significativo na promoção da dignidade e autonomia individual, essa correção documental é fundamental para assegurar a plena cidadania.

Cássio Yomatsu sabe muito bem da importância disso. Após ser atendido na ação, ele conseguiu dar entrada no seu processo de retificação.

“As pessoas me chamavam pelo meu nome morto e quando eu falava que aquele não era o meu nome sempre me falavam que se eu não estava registrado como Cássio então eu não era Cássio. Acontece que eu sou e agora todos os meus documentos vão ter meu nome real e eu estou extremamente feliz”, comemorou Cássio.

Ao refletir a verdadeira identidade de gênero, a certidão de nascimento não apenas valida a autoafirmação de pessoas trans, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa, combatendo estigmas e preconceitos.

Para o defensor público João Pedro, a proximidade entre a DPE-AP e a população transexual e travesti do estado é essencial para a garantia e potencialização dos direitos fundamentais de todos.

“A atuação próxima dessa população visa garantir a concretização desse direito inerente da dignidade humana que é o direito de ser, então é uma forma de vocalizar e ser ponto de apoio para essa população que muitas vezes é vulnerabilizada”, disse o defensor.

As ações desta sexta-feira também contaram com serviços de de assistência social, enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição, atendimento médico e blitz educativa em espaços alternativos.