Defensoria Pública atende famílias desabrigadas após casas desabarem por maré alta, no Araxá

Foram solicitadas informações sobre as medidas adotadas, se há outro abrigo para serem acolhidas.

Por Jeanne Maciel
16 Jan de 2023, 2 anos atrás
Defensoria Pública atende famílias desabrigadas após casas desabarem por maré alta, no Araxá

 

Na última terça-feira, 10, a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) esteve no Araxá para atender 17 famílias atingidas pela alta maré do Rio Amazonas, que causou desabamentos de três casas e interditou outras doze.

6 famílias já haviam procurado o plantão da Defensoria Pública e foram atendidas no dia 4 de janeiro, quando foi oficiado ao município que prestasse esclarecimentos.

No dia 9, ao retornarem para o atendimento ordinário, foram recebidas pelo Núcleo Cível de Macapá, que esteve no dia seguinte no local com todas os atingidos.

Segundo a defensora pública Marcela Fardim, responsável pelo caso, a Defensoria Pública está priorizando resolver as demandas de forma extrajudicial e irá atuar como um intermediário para as famílias.

“Colhemos todas as informações e documentações e redigimos um ofício para a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e Governo do Amapá para tentar agilizar algum auxílio”, disse a defensora pública.

Entre os pedidos, foram solicitadas informações sobre as medidas adotadas, se há outro abrigo para serem acolhidas e previsibilidade do cadastramento dessas famílias em programas habitacionais.

 

Sobre o caso

 

Foi no dia 27 de dezembro, um período que deveria ser de esperança e de anseios pelo novo ano, que 55 pessoas foram surpreendidas pelo evento meteorológico. Com a força do rio Amazonas, as casas, que possuem estrutura de madeira, foram total ou parcialmente destruídas. 

Os atingidos tiveram documentos e bens materiais perdidos e ficaram desabrigados. “São casas compostas por 8, 10 pessoas, com idosos, crianças, pessoas com deficiência”, relatou o assessor jurídico da DPE-AP Paulo Araújo, que esteve no local.  

Atualmente, uma das famílias está abrigada em uma escola municipal, outras em casas de familiares e algumas chegaram a voltar para a casa interditada.

“É uma realidade muito difícil”, expressou Adriana Tuma, também assessora jurídica. Ela diz que muitas pessoas não tem para onde ir e, por isso,  “voltam para as casas mesmo que esteja interditada”, aponta.