Defensoria Pública e IAPEN iniciam planejamentos para mutirões em 2024

Mutirões serão realizados ao longo de uma semana a cada 4 meses.

Por Ingra Tadaiesky
14 Dez de 2023, 5 meses atrás
Defensoria Pública e IAPEN iniciam planejamentos para mutirões em 2024

 

Na última quarta-feira, 13, representantes da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) e do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) se reuniram para planejar a agenda de mutirões para 2024 na unidade penitenciária. Este encontro marca mais um avanço na colaboração contínua entre as instituições em prol da garantia dos direitos dos detentos.

Durante o encontro, foram discutidas estratégias para otimizar os processos de atendimento jurídico na ações, visando assegurar a eficiência e a abrangência. Em 2023, os mutirões da Defensoria atenderam 633 apenados.

No entanto, no Iapen é comum ocorrerem trocas entre os detentos e seus pavilhões, seja por questões internas ou pela própria logística. Esse fluxo criou uma rotatividade que, segundo a defensora pública do Núcleo Criminal, Adegmar Loiola, dificultava que toda a população carcerária fosse atendida.

“Nós percebemos que nos últimos mutirões os atendimentos eram sempre feitos por pavilhões, e é muito comum ter essa rotatividade. Com isso, acabava que entre um mutirão e outro alguns presos acabavam por não receber o atendimento e outros eram atendidos mais de uma vez”, explicou a defensora.

Para ampliar o acesso à justiça a um número ainda maior de detentos, a proposta para o próximo ano é a realização de mutirões regulares a cada 4 meses, durante a última semana de cada mês, com prioridade para a população carcerária provisória previamente selecionada.

“Com essa determinação, permitimos que todos os presos provisórios tenham sua revisão dentro do prazo estabelecido pelo Código de Processo Penal, e que ainda mais assistidos da penitenciária sejam efetivamente atendidos pela Defensoria e possam ter sua situação reavaliada”, afirmou Adegmar.

Os mutirões programados para 2024 refletem o compromisso da Defensoria Pública em enfrentar os desafios do sistema penitenciário, buscando soluções que impactem positivamente a vida dos reclusos e contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.