Defensoria Pública inicia mutirão para presos provisórios no Iapen

Primeiro dia de mutirão tem 110 atendimentos.

Por Ingra Tadaiesky
30 Jan de 2024, 3 meses atrás
Defensoria Pública inicia mutirão para presos provisórios no Iapen

 

Na manhã desta terça-feira, 30, a Defensoria Pública do Amapá promoveu um mutirão de atendimentos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) para analisar a situação processual de presos provisórios da instituição. No primeiro dia da ação, que ocorrerá até o próximo dia 6, 110 pessoas privadas de liberdade receberam atendimento.

Entre os processos avaliados, foi identificado que duas pessoas privadas de liberdade já tinham direito ao alvará de soltura e ainda nesta terça-feira voltaram para casa.

Para 2024, o Núcleo Criminal de Macapá planejou uma semana de atendimentos a cada quatro meses no IAPEN com o objetivo de reavaliar prisões provisórias no prazo estipulado pelo Art. 316 do Código Penal, que é de 90 dias. A iniciativa visa diagnosticar eventuais excessos de prazo e contribuir para a redução da população carcerária, especialmente daqueles detidos de forma provisória. Para 2024, o Núcleo prevê a realização de 3 mutirões.

Adegmar Loiola, defensora pública titular da Defensoria Criminal do Tribunal do Júri, ressaltou a importância da DPE-AP estar próxima para o suporte jurídico desses assistidos.

“Com esses mutirões nós vamos poder estar sempre perto dos presos provisórios e fazer um acompanhamento do processo de forma a dar efetividade à revisão, fazendo assim com que o juiz reanalise a necessidade desse encarceramento provisório”, disse ela.

Ao oferecer apoio legal a essa parcela da população, a Defensoria contribui para a preservação dos direitos individuais e promoção de um processo penal justo. Além disso, o acesso à assistência jurídica adequada pode prevenir prisões injustas, promover a transparência do sistema legal e fortalecer os alicerces de uma sociedade baseada na igualdade e na justiça.

Essa eficiência no processo de análise destaca a necessidade contínua de revisão e acompanhamento dos casos de prisão provisória, assegurando que indivíduos que têm direito à liberdade sejam prontamente beneficiados, reforçando a busca por uma justiça mais célere e precisa.