DPE-AP cria projeto de lei para que cartórios informem ocorrências de registros sem o nome do pai

O texto foi protocolado pelo deputado estadual Pastor Oliveira na última sexta-feira, 11.

Por Rafael Guerra
12 Mar de 2022, 3 anos atrás
DPE-AP cria projeto de lei para que cartórios informem ocorrências de registros sem o nome do pai

 

O deputado estadual Pastor Oliveira protocolou na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), na última sexta-feira, 11, um projeto de lei de autoria da Defensoria Pública do Estado do Amapá (DPE-AP) que obriga cartórios a informarem à instituição todas as ocorrências de registros de nascimento sem o nome do pai.

O projeto também prevê que os cartórios orientem as mães sobre o direito de procurar a Defensoria Pública e, a partir daí, acessarem outros direitos, como o de indicar o nome do suposto pai ou até mesmo iniciar uma ação de investigação de paternidade.

O parlamentar garantiu que já está trabalhando para que o projeto seja aprovado na Alap o mais rápido possível.

“Estou muito feliz por ter sido escolhido pela Defensoria Pública para defender esse projeto na Assembleia Legislativa e poder garantir esse direito básico das nossas crianças”, comemorou Pastor Oliveira.

Segundo o defensor público José Rodrigues, eleito para o cargo de defensor público-geral do Amapá, o objetivo da lei é combater o número elevado de crianças sem o nome do pai no registro de nascimento.

“No ano passado, das crianças registradas aqui no Amapá, 11% não tinham o nome do pai. Uma média maior que a nacional, que é de 6,3%. E só esse ano, já temos mais de 1700 crianças registradas sem a garantia desse direito”, destacou.

As Defensoria Públicas de todo o país têm se mobilizado para mudar essa realidade. Uma das ações ocorre nesse sábado, 12, Dia D da Defensoria Pública, com sessões extrajudiciais de mediação/conciliação e atividades de educação em direitos em uma programação voltada à efetivação do direito fundamental ao reconhecimento de filiação. O projeto nacional “Meu Pai Tem Nome” é uma iniciativa é do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) em uma atuação que conta com a parceria das Defensorias Públicas estaduais.