DPG apresenta Defensoria Pública para estudantes da comunidade quilombola Torrão do Matapi

José Rodrigues falou sobre a atuação da instituição na garantia de direitos de comunidades negras amapaenses.

Por Ingra Tadaiesky
05 Dez de 2023, 5 meses atrás
DPG apresenta Defensoria Pública para estudantes da comunidade quilombola Torrão do Matapi

 

Localizada a mais de 30 km da capital, a comunidade quilombola Torrão do Matapi foi cenário de cultura, direitos e diversidade na noite de segunda-feira, 4. A convite da Universidade Federal do Amapá (Unifap), a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) palestrou sobre sua atuação no evento “KilombAção: Zumbizando o Matapi”.

O evento, que marcou a culminância da prática pedagógica dos estudantes de Pedagogia do Polo Torrão do Matapi, teve como propósito fortalecer a identidade negra na comunidade, enfatizando a importância da compreensão dos seus direitos para uma existência e resistência dignas na sociedade.

O defensor público-geral, José Rodrigues, cumpriu esse papel e tirou todas as dúvidas sobre os direitos da população negra, além de apresentar a Defensoria Pública como uma instituição acessível que está ao lado do povo.

“A Defensoria Pública é a defensora das pessoas e é a única instituição que a Constituição expressamente outorga a proteção e garantia dos direitos humanos. Ela representa a política constitucional de acesso à direitos para todos, independente de cor, gênero ou raça”, explicou José.

Para a coordenadora do curso de pedagogia do Polo e organizadora do evento, Márcia Jardim, existem muitas violações de direitos com a comunidade do Torrão do Matapi. Um exemplo seria a condição inapropriada em que se encontra a escola onde o curso é ministrado.
“É necessário que exista uma prática de respeito dentro de tudo aquilo que significa o pertencimento étnico, visto que os direitos dessa comunidade não estão sendo respeitados. Nesse sentido trouxemos a Defensoria para a abrir esse diálogo e mostrar que é uma instituição acessível e parceira. A garantia de direitos não é algo que acontece só na cidade, a Defensoria está presente aqui também”, disse a coordenadora.

“Muitas das vezes, a gente que mora aqui na comunidade não tem acesso à certas informações e acabamos deixando de lutar pelos nossos direitos por falta de conhecimento sobre os direitos que nós temos, então a Defensoria aqui foi muito importante para mim e tenho certeza que para todos”, disse Ciele Gomes, acadêmica do 4º semestre de Pedagogia.

Além do defensor público-geral, estiveram presentes professores universitários, representantes sindicais e a juíza titular da 6ª Vara de Trabalho de Macapá, Odaise Cristina.