Em Santana, Defensoria Pública atende famílias atingidas por incêndio no Ambrósio

Foram emitidas Certidões de Nascimento e Casamento perdidas no sinistro.

Por Jeanne Maciel
09 Ago de 2023, 2 anos atrás
Em Santana, Defensoria Pública atende famílias atingidas por incêndio no Ambrósio

 

Memórias de vidas inteiras transformadas em ruínas: essa é a realidade que 23 pessoas do Ambrósio, em Santana, enfrentam após um incêndio atingir cinco casas no local. A fatalidade ocorreu no último sábado, 5, após um curto circuito. Nesta quarta-feira, 9, a Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) esteve na comunidade atendendo a população para recuperar documentos queimados.

 
Certidões de Nascimento, Casamento, Registro Geral (RG) e outros foram perdidos. Segundo o defensor público Roberto Coutinho, que realizou os atendimentos, foi feito um levantamento com todas as informações necessárias para a emissão da 2ª via dos documentos. 


“Demos entrada no pedido pela Central de Informações do Registro Civil (CRC) para conseguir o mais rápido possível devolver a possibilidade de exercício da cidadania dessas pessoas”, expressou o defensor público.  


A Defensoria Pública dialogou com o Cartório de Santana para que a emissão seja facilitada. Já nesta quarta-feira, a Certidão de Nascimento de alguns moradores registrados no município foi emitida. 


Raimunda Silva Damasceno, 34, foi uma dessas pessoas. A família, que possui cinco pessoas, perdeu todos os documentos no incêndio. 


“Eu perdi tudo, tudo mesmo. Só tive tempo de tirar a minha filha que ainda estava dentro da casa. Perdi meus documentos, os dos meus filhos”, relatou Raimunda.


Para ela, a agilidade na atuação da DPE-AP fez a diferença. “Eu achei muito bom, vieram rápido para dar forças para nós e graças a Deus estamos recebendo muito apoio”, expressou. 


Além da assistência com a emissão dos documentos, outras providências foram tomadas, como a inscrição em benefícios sociais. 


“Fizemos um contato preliminar com o representante da Secretaria Estadual de Assistência Social, que informou que a lei veda a inscrição de pessoas que não possuem documentos no programa. Vamos requisitar que essa norma seja ponderada para não afetar a subsistência deles, uma vez que não têm documentos por consequências do incêndio”, explicou o defensor público Roberto Coutinho.