Em uma semana, Defensoria resolve conciliação em caso de acidente de trânsito em Santana

A assistida Delsiane Ferreira fez um acordo com a pessoa que bateu seu carro e garantiu a reparação do veículo.

Por Caroline Mesquita
11 Fev de 2025, 2 semanas atrás
Em uma semana, Defensoria resolve conciliação em caso de acidente de trânsito em Santana

 

Foi através de uma conciliação realizada pela Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) em Santana que duas mulheres chegaram a um acordo que garantiu a reparação de um caso de acidente de trânsito que gerou danos materiais. O problema, que já estava se arrastando há alguns meses, poderia demorar anos até ter uma sentença, se o caso tivesse sido judicializado.

Entenda a história - Em novembro de 2024, a estudante Delsiane Ferreira, que é uma mulher que usa cadeira de rodas, trafegava com familiares em seu carro, à noite, quando o veículo apresentou problemas e parou na via. Eles empurraram o carro para o acostamento e acionaram o pisca-alerta para sinalizar a situação. No entanto, momentos depois, outro veículo colidiu com a traseira do carro da estudante, danificando o porta-malas.

A condutora responsável pelo acidente alegou que não percebeu o pisca-alerta ligado devido à escuridão da via e ao seu estado emocional fragilizado, pois estava com um familiar internado no hospital. Foi combinado informalmente que ela iria arcar com os danos, mas, com o passar do tempo, a mulher preferiu resolver a questão na Justiça.

No fim de janeiro, Delsiane procurou a Defensoria Pública em Santana para tentar viabilizar o conserto do carro. A falta de transporte adequado dificultava sua locomoção até a faculdade, consultas médicas e todas as demandas da rotina de vida, já que muitos táxis e motoristas de aplicativo recusam as corridas por conta da cadeira de rodas.

Na semana seguinte, o defensor público Roberto Coutinho assumiu o caso e encaminhou a questão para conciliação, reunindo as partes para um diálogo. Durante a mediação da DPE-AP, a condutora reconheceu sua responsabilidade e aceitou um acordo para reparar os danos materiais. Ela providenciou as peças necessárias e encaminhou o veículo para uma oficina, garantindo o conserto sem necessidade de judicialização.

Para Delsiane, a conciliação foi a melhor decisão, pois precisava de uma solução ágil para poder ir à faculdade e se locomover. Além disso, a mediação foi fundamental para que ambas percebessem que passavam por um momento delicado da vida.

“Optamos pela conciliação para que pudéssemos entender o lado uma da outra. Sabemos que as pessoas passam por dificuldades, e também precisamos entender a situação delas”, disse a estudante.

O defensor Roberto Coutinho considera a conciliação um meio eficaz para a solução de conflitos, trazendo rapidez e eficiência na resolução de problemas do dia a dia.

“Em casos como esse, a conciliação não apenas proporciona uma reparação mais rápida para a vítima, como também contribui para a pacificação social”, destacou.

O que posso conciliar?

A Defensoria Pública pode intermediar conciliações em questões familiares e diversas outras situações do cotidiano. Disputas sobre aluguel, acidentes de trânsito, contratos de prestação de serviço e conflitos entre vizinhos são alguns exemplos.

A conciliação permite resolver esses casos de forma mais rápida e eficiente, evitando longos processos judiciais e garantindo soluções justas e equilibradas para todas as partes envolvidas.