“Eu não gerei meu filho, mas o amor que eu tenho por ele é infinito”, diz mãe que conseguiu regularizar adoção através da Defensoria Pública

Em Mazagão, Fabricia Abreu pode, depois de 18 anos, ser legalmente mãe de Pedro Henrique.

Por Ingra Tadaiesky
18 Jul de 2024, 2 meses atrás
“Eu não gerei meu filho, mas o amor que eu tenho por ele é infinito”, diz mãe que conseguiu regularizar adoção através da Defensoria Pública

 

A história de Fabrícia Abreu e seu filho Pedro Henrique é um testemunho vivo de amor incondicional. Após 18 anos, a mãe finalmente conseguiu regularizar a adoção unilateral do menino, graças à atuação da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP). Em uma jornada marcada pelo afeto, Fabrícia demonstrou como o vínculo maternal pode superar desafios legais e resultar na completa união familiar.

 
Tudo começou há 18 anos, quando a assistida e seu companheiro, Enaldo Carvalho, iniciaram um relacionamento. Naquela época, a ex-namorada de Enaldo estava grávida de Pedro Henrique e, após o nascimento do menino, ela não tinha condições de criá-lo. Foi então que Fabrícia manifestou para o parceiro, pai biológico da criança, o desejo de cuidar do bebê e assim o fez desde os seus 6 meses até hoje, assumindo o papel de mãe na vida de Pedro Henrique.

 
Após ver uma reportagem na TV sobre um processo de adoção realizado pela Defensoria, Fabrícia e Enaldo foram até um mutirão da Carreta realizado no município de Mazagão em 2023, para regularizar a adoção do jovem por parte dela. Com uma decisão favorável, a mãe finalmente pôde comemorar.

 
“Não é um sonho só meu, é um sonho de toda a nossa família. Sinto que um pedaço de mim que estava incompleto finalmente se completou e saber que agora o meu nome está nos documentos dele é de uma felicidade sem tamanho. Eu sempre digo que para ser mãe você não precisa gerar, você só precisa amar e cuidar. Eu não gerei meu filho, mas o amor que eu tenho por ele é infinito”, comemorou a mãe.

 
Para Pedro Henrique, esse também era um sonho antigo.

 
“Eu estou muito feliz, sempre quis o nome dela na minha certidão, porque ela é a minha mãe”, disse o jovem.

 
Ricardo Carvalho, defensor público que atendeu o caso, explicou que foi realizada uma ação de adoção unilateral por parte da mãe, inserindo o nome de Fabrícia na certidão de nascimento de Pedro Henrique.


“A consagração e finalização desse processo de adoção, para que a Dona Fabrícia figure legalmente como mãe do Pedro, coisa que ela já é desde que ele tinha 6 meses de idade, nos traz imensa felicidade, pois demonstra a importância da presença da Defensoria Pública em cada um dos municípios do estado do Amapá bem como a importância dos mutirões realizados com a carreta da Defensoria”, ressaltou o defensor.