"Foram pessoas que pararam para nos ouvir", diz assistida que conseguiu diploma após 2 anos de espera

Atuação da Defensoria do Amapá acelerou a entrega do documento.

Por Jeanne Maciel
29 Jun de 2023, 2 anos atrás
"Foram pessoas que pararam para nos ouvir",  diz assistida que conseguiu diploma após 2 anos de espera

 

A educação abre portas e, para quem busca o ensino superior, ter o diploma em mãos é uma das maiores realizações. Foi em busca dessa realização pessoal que 15 alunos foram até a Carreta da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP), em um mutirão realizado em Cutias no mês de março. Desde 2021 eles aguardavam o diploma de conclusão do curso de pedagogia, entregue no último sábado, 24, após a atuação extrajudicial da DPE-AP.

Zenilda Brito, 46, foi uma das graduandas. “A gente vinha lutando para ter esses diplomas em mãos”, expressou a professora da rede pública. Segundo Zenilda, o curso foi concluído em junho de 2021 e a faculdade sempre dava prazos para a entrega dos diplomas, que nunca eram cumpridos.

“Entramos em contato com a faculdade, eles sempre davam 45 dias, 40 dias, mas nunca entregavam. Com o mutirão da Defensoria, a gente reuniu uma equipe da turma e demos entrada. Foi necessário ser dessa forma”, relatou Zenilda.

O município de Cutias fica localizado a 163 quilômetros da Capital e suas demandas são atreladas ao Núcleo de Ferreira Gomes. Para Zenilda, foi de extrema importância que a Carreta estivesse no local.

“Muitas pessoas não tem essa disponibilidade para ir até Ferreira Gomes ou Macapá. Quando veio aqui foi um passo muito grande. [Os defensores] foram pessoas que pararam para nos ouvir”, ressaltou a graduanda.

Segundo o defensor público Ezequias Campos, coordenador do Núcleo de Ferreira Gomes, a Defensoria Pública atuou como intermediária para a resolução do conflito.

“Nossa função aqui não é somente de enfrentamento de processos judiciais, mas também de agilizar as demandas. O que fizemos foi simplesmente ser a voz desses alunos, organizamos e conseguimos extrajudicialmente uma solução para esse problema”, explicou o defensor público.

Com o diploma em mãos, Zenilda disse que isso mudará sua vida, principalmente na questão financeira, e deixou um recado: “Você que não conhece o trabalho da Defensoria e que está com algum problema, que já tenha até perdido a esperança, procure a Defensoria, lute pelos seus direitos”, expressou.