Mais de 2500 mulheres em situação de violência foram atendidas no primeiro ano de atuação do Núcleo de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher

O Núcleo conta com atuação de equipe multidisciplinar.

Por Ingra Tadaiesky
04 Set de 2024, 4 meses atrás
Mais de 2500 mulheres em situação de violência foram atendidas no primeiro ano de atuação do Núcleo de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher

 

Em 4 de setembro de 2023, o Núcleo de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher teve a sua primeira defensora pública titular e o Núcleo, que antes era uma atribuição acumulada, passou a ser construído pensando nas necessidades específicas da mulher. De lá para cá, 2.540 mulheres puderam se sentir mais seguras após a atuação da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP).

O Núcleo condensou todas as demandas de violência contra a mulher que chegavam aos mais diversos núcleos da Defensoria e, com uma equipe multidisciplinar, foi possível realizar um atendimento humanizado e específico para as necessidades de cada uma delas.

Com a missão de resguardar os direitos das mulheres em situação de violência, seja sexual, psicológica, patrimonial, física ou moral, o Núcleo aproximou a Defensoria Pública das assistidas no momento que mais precisavam. Sendo uma das portas de entrada para o atendimento, a DPE-AP possui autonomia para pedir Medidas Protetivas de Urgência (MPU´s) sem a necessidade de existir um Boletim de Ocorrência.

Marcela Fardim, a defensora pública coordenadora do Núcleo dos Direitos da Mulher, explicou que para além da hipossuficiência financeira, toda mulher, sem restrição, que esteja em uma situação de violência pode buscar o atendimento multidisciplinar da Defensoria Pública e esse atendimento é previsto pela Lei n° 11.340/06.

“A violência doméstica não escolhe classe social e atinge mulheres de todas as realidades econômicas, e, por isso, o critério para ser atendida é simplesmente ser mulher. Por isso, não fazemos a análise da hipossuficiência econômica”, explicou a defensora.

A equipe do Núcleo é multidisciplinar e pensada para o melhor acolhimento das assistidas, contando com assistente social, psicóloga, assessoria jurídica, além da defensora pública titular. Uma das missões principais do grupo é a conscientização de mulheres sobre as violências que possam estar sofrendo, explicando as atitudes que podem ser configuradas como uma violação de direitos.

“Cada vez mais as assistidas nos procuram para o atendimento e isso se deve muito porque temos um acolhimento diferenciado. Nossa equipe multidisciplinar atende de uma vez só para que não haja uma revitimização dessa mulher e tratamos com muito cuidado cada caso”, disse Marcela.

Ao longo do primeiro ano, palestras, rodas de conversas e mutirões foram realizados para que os direitos femininos cheguem ao maior número possível de mulheres.

“Celebramos com muita emoção esse primeiro ano, um marco importante para todas nós. Ao olharmos para trás, sentimos o profundo impacto que o nosso trabalho tem causado, sabendo que somos uma parte fundamental no fortalecimento e na transformação de tantas vidas. Cada mulher que atendemos carrega uma história de luta e superação, e é com grande orgulho que reconhecemos o papel que desempenhamos na mudança dessas histórias, ajudando-as a encontrar um caminho de empoderamento e liberdade”, finalizou Marcela.