Meu Pai Tem Nome: Defensoria Pública atende famílias que buscaram reconhecimento de paternidade

A ação ocorreu na praça Floriano Peixoto no último sábado, 4.

Por Jeanne Maciel
06 Nov de 2023, 6 meses atrás
Meu Pai Tem Nome: Defensoria Pública atende famílias que buscaram reconhecimento de paternidade

 

Enquanto a pequena Laís, 6 anos, cresce e entende o mundo ao seu redor, Edgar Rodrigues está ao seu lado, acompanhando cada fase da vida. O aposentado começou um relacionamento com a mãe da criança quando ela tinha apenas 1 ano e 5 meses e, desde então, tem Laís como filha. 

Registrada apenas no nome da mãe, aos poucos começou a perceber a falta de algo. O sobrenome do pai era o que faria a diferença na vida e autoestima da criança. Foi então que Edgar procurou, no último sábado, 4, a Carreta da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) para fazer o reconhecimento de paternidade socioafetiva de Laís na ação Meu Pai Tem Nome, que ocorreu na praça Floriano Peixoto, no Centro de Macapá.

O programa “Meu Pai Tem Nome” é uma iniciativa do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e contou com atendimentos para o reconhecimento voluntário de paternidade biológica (com disponibilidade de DNA) e reconhecimento de paternidade e maternidade afetiva. Ao todo, 31 pais participaram da ação, realizada pela segunda vez em 2023. 

Edgar Rodrigues disse que a iniciativa proporcionou a felicidade de incluir, finalmente, Laís como filha. “A gente ficou preocupado porque quando chamavam os pais na escola, ela ficava meio tristinha porque não tinha o meu sobrenome, aí a gente quis resolver. Estamos felizes que vamos conseguir incluir meu nome no documento dela”, explicou o aposentado. 

Para o defensor público-geral, José Rodrigues, a segunda edição do Meu Pai Tem Nome foi mais um mutirão de sucesso. “Esse foi mais um sábado que a Defensoria não parou. Nosso objetivo desta vez foi reduzir o número elevado de crianças sem o nome do pai na Certidão de Nascimento e tivemos uma boa recepção da população”, expressou o DPG. 

O programa “Meu Pai Tem Nome” trabalha na conscientização sobre a importância de exercer a paternidade de forma responsável na criação de um filho. Segundo dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN), no estado do Amapá, 1.916 crianças nascidas de janeiro a outubro de 2023 não possuem o nome do pai no seu registro, isso corresponde a 14,8% do total.