Mutirão em Cutias: DPE-AP auxilia estudantes que estão há sete anos tentando receber certificado de curso

Ao todo, 109 pessoas aguardam pelo documento.

Por Jeanne Maciel
14 Mar de 2023, 2 anos atrás
Mutirão em Cutias: DPE-AP auxilia estudantes que estão há sete anos tentando receber certificado de curso

 

A educação é um componente essencial para o desenvolvimento humano, além de ser a esperança de muitos para alcançar qualidade de vida. E quando esse sonho é frustrado? Foi o que aconteceu com 109 pessoas que concluíram um curso de capacitação em 2017 e nunca receberam certificado.

18 destes estudantes foram atendidos pela Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) no mutirão realizado em Cutias, no último sábado, 11.

Conforme foi relatado pelos assistidos, a especialização foi ofertada por um convênio entre a Prefeitura de Cutias e Instituto Federal do Amapá (IFAP), e englobava 3 áreas: alimentação escolar, infraestrutura escolar e secretaria escolar.

Deisiane Magalhães, 38, foi uma das participantes que até hoje não recebeu a documentação. Moradora do Distrito de São Joaquim do Pacuí, a pedagoga se deslocava até Cutias, a 24 quilômetros de sua casa, para estudar. “Vinha todo final de semana”, conta.

“Temos um grupo com todos os estudantes que estão esperando esse certificado, chegamos a fazer três reuniões de conciliação mas nada foi resolvido”, relatou Deisiane.

Para ela, o curso se encaixaria perfeitamente na formação que já tem e abriria portas para outras oportunidades.

“Eu queria o certificado de secretaria escolar, porque já sou pedagoga e se surgisse, por exemplo, alguma vaga para a área de secretaria escolar eu poderia me candidatar”, explicou.

Segundo o defensor público Pedro Pedigoni, que atendeu os estudantes, o primeiro passo será iniciar com medidas extrajudiciais para obter os esclarecimentos necessários.

“Não ficou claro de quem é a responsabilidade, então vamos apurar para saber o porquê até o presente momento essas pessoas não receberam seus certificados. Primeiro iremos oficiar ambos pedindo a lista de aprovados, notas, frequência, medidas e condutas adotadas para resolver e, claro, pedir a emissão dos diplomas”, pontuou o defensor público.