Paciente renal crônico realiza procedimento no coração após atuação da DPE-AP

Sem angioplastia de urgência, assistido corria risco de vida.

Por Ingra Tadaiesky
06 Jul de 2023, 2 anos atrás
Paciente renal crônico realiza procedimento no coração após atuação da DPE-AP

 

Com decisão judicial favorável no dia 22 de junho, Hamilton Gomes da Cruz realizou sua angioplastia no dia 23 e conseguiu retornar às suas sessões de hemodiálise. Atuação da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) possibilitou a operação.

Paciente renal crônico, ele estava com as artérias obstruídas, impossibilitando o tratamento de filtragem e limpeza do sangue. No Amapá, o procedimento é realizado apenas em hospitais particulares e custa, em média, R$ 8 mil. Sem condições de pagar pela intervenção, a família buscou a DPE-AP.

A angioplastia é um procedimento de intervenção coronária que trata das obstruções das artérias do coração por meio do cateterismo. Após a desobstrução, é realizado um implante de uma pequena malha de metal no interior do vaso sanguíneo, impedindo que ele volte a obstruir.

A defensora pública Marcela Fardim, acionou o Judiciário com uma Ação de Obrigação de Fazer com Tutela de Urgência para que o Estado custeasse o procedimento. Além do processo judicial, foi feita uma atuação extrajudicial que mobilizou órgãos como a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e a Procuradoria do Estado, além do Hospital São Camilo.

Com a atuação rápida da DPE-AP, Hamilton, que já apresentava um quadro de equimose, manchas roxas pelo corpo provocadas pelo rompimento das veias que possibilitam os acessos, conseguiu desobstruir as artérias e voltar às sessões de hemodiálise.

Segundo a defensora pública, esse não é um caso atípico. Diariamente, assistidos buscam a Defensoria Pública com problemas de saúde e, muitas vezes, com casos mais simples para resolver.

“Quando vamos em congressos de saúde, as discussões nacionais giram em torno de medicamentos e procedimentos de alta complexidade e alto custo. Aqui no Amapá, o que se observa é que muitas vezes a gente tá lutando pelo básico, como esparadrapo”, lamentou a defensora.

Agradecida, Cleidiane, filha de Hamilton, contou que a vida de seu pai foi salva após a atuação da Defensoria Pública.

“O sentimento é de gratidão por termos conseguido essa cirurgia. É até difícil falar, mas se não fosse isso meu pai poderia não estar aqui. Eu nem sei como agradecer, acho que nada que eu fale vai expressar o tamanho da gratidão”, finalizou Cleidiane.