Preso irregularmente, homem foi solto durante mutirão da DPE-AP no Iapen

Mutirão de atendimentos aconteceu nesta sexta-feira, 30.

Por Ingra Tadaiesky
30 Jun de 2023, 2 anos atrás
Preso irregularmente, homem foi solto durante mutirão da DPE-AP no Iapen

 

“Vou sair daqui e trabalhar, mudar de vida”. Esses são os planos de um assistido da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) que foi solto nesta sexta, 30, durante o mutirão no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN). Ação levou atendimento jurídico gratuito para mais de 300 presos.

 
De Pedra Branca do Amapari, município do Amapá, ele estava preso irregularmente desde setembro de 2022. Segundo a defensora pública Mariana Albuquerque, o assistido cumpria regime aberto, mas durante 3 meses não se apresentou na Justiça do município. A partir desse momento, a juíza determinou sua reclusão na penitenciária até que fosse apresentada justificativa.

 
Com a pena regredida ao regime semiaberto, em audiência ele teve reconhecido o seu direito ao livramento condicional, com a possibilidade de cumprir o restante da pena em liberdade. No entanto, o IAPEN não foi notificado e desde então o homem estava preso, sem saber que teria direito a sair da prisão.

 
“Buscamos a equipe do IAPEN e também a equipe responsável de Pedra Branca para fazer o pedido e urgenciar o livramento dele ainda hoje para, assim, cumprir a pena em liberdade, comparecendo semestralmente no Fórum em seu município e não preso aqui”, explicou a defensora.

 
Assim, após 9 meses cumprindo irregularmente a pena no IAPEN, o assistido encontrou a liberdade e vai aproveitar para buscar uma nova vida.

 
“Agora, se Deus quiser, vou voltar a trabalhar e vou buscar uma profissão. Isso aqui não é vida! Só tenho a agradecer a Defensoria por me dar a oportunidade de recomeçar”, finaliza o assistido.

 
A Defensoria Pública do Amapá possui uma agenda de mutirões dentro do IAPEN para acompanhar e garantir os direitos dos seus assistidos, para que casos como este não aconteçam. Sem a atuação da Defensoria, o assistido não teria perspectiva de saída do encarceramento.

 
Na ocasião estavam presentes 12 defensores públicos e 37 assessores jurídicos que atenderam mais de 300 pessoas privadas de liberdade. Os atendimentos foram na área de Execução Penal, Cível e Criminal, além de recolher dados para atendimento posterior na área de família.