“Queria ter conhecido essa ‘defensoria’ há mais tempo”, agradece homem assistido pela DPE-AP

Lúcio Marcio, de 57 anos, não conseguia sacar benefício por não ter documentos.

Por Jeanne Maciel
22 Abr de 2022, 2 anos atrás
“Queria ter conhecido essa ‘defensoria’ há mais tempo”, agradece homem assistido pela DPE-AP

 

Lúcio Márcio Pinheiro, de 57 anos, saiu do interior de Laranjal do Jari com destino à Macapá trazendo apenas um documento na bagagem: uma cópia do seu RG. Apesar da xerox guardada com muito cuidado, o assistido não conseguiu ter acesso ao seu benefício social pelas dificuldades da falta de um documento oficial.  

Na manhã da última terça-feira, 19, ele procurou os serviços da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP) e foi acolhido pela Coordenadoria de Atendimento Multidisciplinar, que juntamente com a defensora pública Luma Pacheco se prontificou a acompanhar o assistido no acesso aos seus direitos.  

“No primeiro dia fomos ao banco para tentar ter acesso a um novo cartão com essa xerox, pois ele não tinha nenhum outro documento”, relatou a defensora pública. Luma diz que o assistido conseguiu retirar um valor referente a um salário mínimo, “mas a conta foi novamente bloqueada”.  

Lúcio é diabético e cadeirante e estava na casa de apoio Nosso Lar, que recebe pacientes e familiares atendidos pelo programa Tratamento Fora do Domicílio, mas só poderia ficar no local por cinco dias. Pelas circunstâncias, todo o atendimento do assistido foi feito de forma extrajudicial. 

Para a emitir a segunda via da certidão de nascimento, o Núcleo de Laranjal do Jari entrou em contato com o cartório de Almeirim (PA), onde o assistido nasceu. Em Macapá, a defensora pública Luma Pacheco acompanhou Lúcio no SuperFácil, mas o órgão está enfrentando algumas dificuldades na emissão.  

“O que chamou a atenção no caso dele foi a dupla situação de vulnerabilidade, tanto economicamente, quanto pela dificuldade que ele enfrentaria de locomoção enquanto cadeirante”, relembrou Luma.  

Apesar dos contratempos, Márcio Lúcio conseguiu de volta o acesso à conta bancária e um cartão. A missão agora é retomar para sua cidade e comprar os remédios que necessita. “Queria ter conhecido essa ‘defensoria’ há mais tempo”, agradece.  

“Só tenho a agradecer a Defensoria Pública, que hoje me trouxe um resultado e um conhecimento dos Poderes Públicos que eu não tinha”, expressou o assistido.