Servidores finalizam curso de Libras ofertado pela Escola Superior da Defensoria Pública do Amapá

Encerramento do curso ocorreu na última sexta-feira, 18.

Por Jeanne Maciel
21 Fev de 2022, 2 anos atrás
Servidores finalizam curso de Libras ofertado pela Escola Superior da Defensoria Pública do Amapá

 

Com objetivo de dar maior suporte no atendimento de pessoas surdas, a Escola Superior da Defensoria Pública do Amapá (Esudpe) ofertou o curso “Libras no Judiciário” para membros e servidores da Defensoria Pública do Amapá (DPE-AP). O encerramento ocorreu na última sexta-feira, 18, com a entrega de certificados para os concluintes.  

O curso básico voltado para atendimentos no âmbito jurídico foi ministrado pela servidora Iza Almeida, intérprete de Libras da DPE-AP. Segundo Iza, o curso foi idealizado de forma prática durante 10 dias, com convidados surdos fluentes em libras e não fluentes.  

“Convidei quatro amigos surdos com diferentes formas de se comunicar, para começarmos com os alunos conhecendo a pessoa surda, que é o nosso público alvo” explicou a servidora. “Eles falaram sobre as experiências deles, simulamos atendimentos e trabalhamos muito de forma prática”, completou. 

O defensor público, Igor Freire, diretor da Escola Superior, disse que a capacitação é um projeto-piloto que surgiu da necessidade de expandir o atendimento adequado para pessoas surdas.  

“Ter pessoas interessadas para fazer, pelo menos, um acolhimento inicial, já é um início de um caminho que queremos percorrer para quebrar as barreiras da falta de acessibilidade”, pontuou Igor. 

Heloisa Paixão foi uma das servidoras que participaram do curso. Lotada no Núcleo de Porto Grande, ela agora se sente mais confiante para acolher uma pessoa com deficiência auditiva.  

“Mesmo que eu não consiga atendê-lo sozinha, eu já sei o que preciso falar e entender basicamente o que a pessoa está desejando e repassar para o especialista”, disse Heloisa. 

Para a servidora, “é importante ter essa capacitação porque a Defensoria Pública é isso, é levar para as pessoas a acessibilidade, levar informação do que nós aprendemos, do que nós podemos fazer por eles para ajudar”, ressaltou.